É comum os adultos pensarem que o divórcio é problema somente deles e não do filho, mas o divórcio também atinge a criança e o adolescente, pois representa uma grande mudança no sistema familiar ao qual o menor está inserido. Nessa linha de raciocínio, é possível que ocorra:
a) perda ou redução de disponibilidade de um dos pais;
b) queda no padrão de vida;
c) mudanças de residência, escola, vizinhança e amizades;
d) ajustamento da criança em famílias recompostas diante de novo relacionamento de um dos pais ou de ambos os genitores.
Nesse sentido, o ex-casal deverá se esforçar, apesar das diferenças, para exercer a coparentalidade de forma saudável e proveitosa em benefício do filho, evitando com isso que a criança ou o adolescente desenvolva problemas emocionais e/ou comportamentais.
Estudos apontam que a presença do pai e da mãe na vida do filho é fundamental para que a criança se desenvolva de forma saudável.
Não se pode olvidar, por outro lado, que pai solteiro ou mãe solteira são verdadeiros heróis, pois sozinhos realizam milagres para cuidar e educar os filhos, no entanto, por mais que o pai solteiro ou a mãe solteira se esforce e se dedique, estudos apontam que o filho, em parte, será emocionalmente privado, podendo afetar o desenvolvimento saudável da prole.
O pai e a mãe devem reconhecer a importância do outro na vida do filho e por mais desgastante que seja, eles devem continuar se comunicando com o(a) ex, é preciso esforço, pois o que está em jogo é o desenvolvimento saudável da criança.
Não é fácil deixar a raiva e o conflito de lado sobretudo quando estamos diante de um mau divórcio (companheiros zangados cuja raiva desses casais muitas vezes chegam às manchetes dos jornais) ou quando o casal se torna inimigo feroz um do outro (saturação de todos os relacionamentos na família, busca de vingança, etc).
Nessas situações, é importante que o ex-casal mantenha o foco no presente (não resgatando o passado), seja cortês e quando a comunicação for necessária, peça ajuda a uma pessoa neutra (amigo comum, advogado, etc) ou deixe mensagens respeitosas em secretárias eletrônicas, caixa de mensagens ou email, invés de falar diretamente com o(a) ex.
Se o encontro com o outro genitor for imprescindível para discutir assuntos relacionados ao filho, escolha um local neutro, como um restaurante ou um shopping, sem a presença do filho.
É importante lembrar que não temos como controlar o comportamento ou a conduta do outro genitor, mas podemos controlar nosso próprio comportamento, que já faz uma significativa diferença na vida do filho comum.
Por outro lado, não se pode permitir que o divórcio (ou dissolução de união estável) mal resolvido o transforme em um pai/mãe alienador.
Conforme exposto acima, a participação do pai e da mãe na vida do filho é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança, no entanto, após o término do relacionamento é comum alguns pais ou mães utilizarem o filho para atingir o(a) ex, visando excluí-lo da vida do filho. A esse fenômeno chamamos de alienação parental, assunto que pode ser lido em outros artigos que escrevi sobre o tema.
Ao ter que tomar grandes decisões em sua vida, por certo você quer ter as melhores opções possíveis disponíveis para você.
Se você está enfrentando um problema ou está no meio de um, é um eufemismo ainda maior dizer que a escolha do advogado é muito importante.
Representamos os interesses de nossos clientes na cidade de São Paulo e grande São Paulo, além de todo Brasil onde já esteja implementado o processo eletrônico.
AVISO LEGAL: Este artigo fornece apenas informações genéricas e não pretende ser aconselhamento jurídico e não deve ser utilizado como tal. Se você tiver alguma dúvida sobre seus assuntos de direito de família, entre em contato com o nosso escritório.